Cover Playlist - Tributo: 10 covers inesquecíveis de Chris Cornell


Talentoso, ótimo músico, ótimo compositor, excelente vocalista são só alguns adjetivos que obviamente não descrevem na totalidade Chris Cornell, fundador do Soundgarden, vocalista do Audioslave e do Temple of The Dog.

Filho de Seattle e talvez o principal arquiteto do grunge (o Soundgarden foi a primeira das bandas do movimento a alicerçar um contrato com uma gravadora ainda nos anos 80) se foi cedo demais, aos 52 anos apenas, quando o Soundgarden retomava sua vida ativa de shows.

Chris Cornell, workaholic assumido, mesmo fazendo vários shows não deixava de lado seus projetos, compondo músicas para disco solo, para trilhas sonoras de filmes, gravando covers, fazendo shows aqui e ali. Sem falar que ainda arranjava tempo para ajudar crianças e refugiados, tendo em 2012 junto com sua esposa fundado a Chris & Vicky Cornell Foundation, uma instituição de caridade que dá suporte a crianças vulneráveis. Por essas razões e graças as suas qualidades como artistas e ser humano, muitas publicações disseram nestes dias após sua passagem que ele havia transcendido o paradigma de astro do grunge.

E realmente transcendeu. Podemos comprovar isto principalmente nos shows solos. Diferentes de seus contemporâneos, nesses shows ele sempre apresentava covers de um amplo espectro de artistas de diferentes estilos. Versões sempre surpreendentes que traziam a sua interpretação vocal impecável em hits da música pop, passando pelo reggae, mas sem se esquecer dos clássicos do rock, apenas usando o seu "gogó" e violão acústico. Quem ousaria dizer lá no auge do grunge que o compositor de Black Hole Sun, uma composição que mistura pensamentos obscuros com psicodelia, poderia fazer uma linda versão acústica de I Will Always Love You gravada originalmente por Dolly Parton, sucesso inesquecível na voz de Whitney Houston? Por isto aqui lembramos, já com saudades, de 10 covers inesquecíveis  de Chris Cornell:

10 - To Love Somebody (Bee Gees)

09 - Redemption Song (Bob Marley)

08 - Hotel California (The Eagles)

07 - State Trooper (Bruce Springsteen)

06 - Thank You (Led Zeppelin)

05 - I Will Always Love You (Dolly Parton/Whitney Houston)

04 - One (crossover, melodia de One do U2  porém interpretado com a letra de One do Metallica)

03 - Billie Jean (Michael Jackson)

02 - Nothing Compares 2 U (Prince)

01 - A Day In The Life (The Beatles)

Mas de todas as pechas de astro do grunge que ele transcendeu, talvez a única que não conseguiu superar foi seu súbito fim.

Acredito que lidar com os holofotes, relacionamentos dentro de uma banda, traumas do passado, problemas com vícios, remédios, dinheiro e equilibrar a vida de astro com uma vida de pessoa normal é quase sempre uma combinação letal. E como não bastasse, me parece ser a sina dos artistas talentosos de sua era. Foi assim com Kurt Cobain (1994), Layne Staley (2002), Scott Weiland (2015) e ainda no início dos anos 90, Andrew Wood.

Enfim, Chris Cornell parecia estar em uma de suas melhores fases da vida. É difícil de acreditar que ele tenha se suicidado por estar vivendo infeliz. Ele já havia superado fases piores e vivia com uma família harmoniosa que o amava muito.

Apesar de tristes neste momento, tenho certeza que todos os seus fãs e apreciadores da boa música, certamente serão sempre felizes ao ouvir suas canções e a sua linda voz. RIP Chris Cornell!

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